Dirigente regional de ensino promove reunião com diretores

   



   O Dirigente Regional de Ensino, Prof. Oldack Chaves, inicia as atividades de preparação para o ano letivo de 2011 nas Escolas Públicas Estaduais de Piracicaba e Região com uma reunião para os Diretores das Escolas da Rede Pública. O Prof. Oldack iniciou a reunião como uma avaliação detalhada dos índices e atividades da Diretoria Regional de Ensino e a seguir transmitiu orientações para o trabalho da equipe gestora no ano letivo de 2011.

Como evitar que alunos com necessidades especiais sejam rotulados

       

       A escola é o primeiro lugar que a criança frequenta fora de seu círculo familiar e a maneira como ela é tratada lá pode marcar toda a sua vida. Por isso, me preocupa quando, em encontros de formação com professores, percebo que alguns – muitas vezes, de forma inconsciente – rotulam os alunos, principalmente os que têm necessidades especiais de aprendizagem. É possível perceber isso ao ouvir, deles mesmos, expressões fortes, capazes de marcar os estudantes. Por exemplo: "O Marcos é Down". Melhor seria que o verbo fosse "ter" no lugar de "ser", como "o Marcos tem Down".
Quando dizemos que alguém é, automaticamente imputamos a ele um significante que o distingue dos outros. É como se o Antônio, por exemplo, recebesse uma placa: deficiente intelectual – fardo, inclusive, bastante pesado de carregar, pois determina de maneira categórica que o indivíduo só pode ser aquilo na vida, sem alternativas. Tudo o que ele vier a produzir – ou mesmo deixar de produzir – será creditado a essa característica. Quando os educadores agem assim, petrificam o estudante numa identidade que pode mortificá-lo.
Uma das funções da escola é possibilitar à criança perceber-se de maneira diferente da qual é reconhecida na estrutura familiar. Nesse sentido, ela tem a obrigação de exercer sua função libertadora. Quando há uma falha nessa atribuição, o que acontece é preocupante. Vamos dar um exemplo. Um pai, ao matricular o filho na Educação Infantil, fez questão de alertar a equipe pedagógica: "Ele é deficiente e acho que não vai aprender como os outros meninos. Se ficar aqui até o 5º ano, tá bom." A equipe – que era despreparada – aceitou a fala do pai. Durante boa parte da vida escolar, o estudante foi tomado como alguém incapaz de se desenvolver no campo cognitivo. Porém, num determinado semestre, a professora titular precisou ausentar-se e a substituta, nova no quadro docente – e, portanto, desinformada sobre o significante previamente anunciado –, conseguiu alfabetizá-lo em tempo considerado recorde por desconhecer a sentença "ele não aprenderá a ler e escrever". Ela nada mais fez do que sua obrigação: ensinou o que deveria ensinar. O menino respondeu à demanda e conseguiu se libertar do único significante que o marcava (e que lhe custou tanto tempo, tanta vida).

Quando o educador percebe que a criança não aprende da forma como planejou, ele começa a procurar uma explicação para o fato. Quem tem qualquer tipo de deficiência geralmente recebe a "marca" de suas deficiências. Os outros, na maioria das vezes, são encaminhados para a área de saúde para que seja feito um diagnóstico. Muitos educadores esperam que médicos, psicólogos e psiquiatras elaborem, com seus conhecimentos específicos, uma justificativa para o fracasso escolar. Infelizmente, alguns atendem à demanda.

O diagnóstico é importante, sim, mas apenas para que todos os adultos que convivem com esses jovens possam sempre ajudá-los a usufruir da relação com o outro que se estabelece na escola, a sentir prazer no ato de aprender e a aproveitar os ambientes que frequentam da melhor maneira possível, com propriedade e conhecimento. O parecer médico jamais pode ser usado com a finalidade de marcar o indivíduo.

Sigmund Freud (1856-1939) defendeu que educar é da ordem das coisas impossíveis. Com isso, ele quis dizer que o aluno nunca corresponderá totalmente às expectativas de quem ensina. Por mais que se tente, algo sempre faltará – e é essa falta que faz com que o aprendiz busque saber mais. Esses desencontros são de ordem estrutural e sempre existirão nessa relação. Assim, educadores e estudantes viveriam uma condição de impossibilidade.
Uma das funções do orientador educacional é observar os detalhes do cotidiano escolar e descobrir se ocorrem situações em que as crianças com deficiência ou necessidades especiais de aprendizagem estejam sendo rotuladas, intencionalmente ou não. Ele pode oferecer permanentemente à equipe pedagógica e a todos os funcionários – que também são educadores – as informações necessárias para que possam exercer o papel de agentes da socialização desses alunos e assegurar que as condições de aprendizagem de todos estejam garantidas.


Fonte: Revista Nova Escola

Burocracia ameaça atribuição de aulas



Distribuição de aulas será feita na próxima segunda; secretaria afirma que prazo de entrega será cumprido

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

     Professores aprovados no último concurso público da rede estadual paulista estão ameaçados de não poderem escolher as aulas que vão lecionar devido à lentidão na burocracia do governo de SP.
Parte dos 9.304 docentes não havia recebido até ontem o laudo médico do departamento de perícias do Estado, documento necessário para que o servidor possa participar do processo de atribuição de aulas, que será na próxima segunda-feira.
Professores relataram que suas diretorias de ensino já admitem que os documentos não chegarão no prazo.
A recomendação, afirmam, é que eles peçam a chamada prorrogação de posse -ou seja, aguardem a chegada do laudo e entrem no processo de escolha depois da segunda-feira.
O problema é que o servidor que não estiver apto para a distribuição de classes na segunda ficará com as turmas que sobrarem.
Procurada desde anteontem, a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB) não informou quantos docentes ainda estão sem o seu documento. A pasta afirmou apenas que a "Secretaria de Gestão informou que vai cumprir o prazo de entrega dos laudos".

QUARENTENA
A Secretaria da Educação informou que poderão lecionar neste ano cerca de 16 mil temporários, que em princípio estavam impedidos de trabalhar devido à lei que impõe quarentena a não efetivos. A rede possui cerca de 200 mil professores no total.
Inicialmente, a pasta entendeu que os docentes entravam na quarentena (um ano fora da rede) ao término do último ano. O governo, porém, refez o entendimento e garantiu que o professor trabalhe ao menos um ano.
Exemplo: antes, um temporário que entrou na rede em setembro de 2010 entraria na quarentena já em dezembro passado. Agora, pode trabalhar até dezembro de 2011.
Assim, diminui a dificuldade de encontrar docentes.

Fonte: Folha de São Paulo


EJA tem inscrições abertas


      Estão abertas as inscrições para o EJA (Educação de Jovens e Adultos) nas escolas estaduais e municipais.  O EJA destinam-se  às pessoas quem não tiveram acesso aos estudos  na idade apropriada ou pretendem dar continuidade aos estudos. Das 59 escolas estaduais de Piracicaba, 21 oferecem o EJA.  A rede municipal oferece o curso em 13 escolas. Para cursar a modalidade referente ao Ensino Fundamental nas escolas estaduais , o aluno deve ter no mínimo 16 anos  completos até o início das aulas e 15 anos na rede municipal. Para o Ensino Médio, a idade é de 18 anos, oferecido apenas na rede estadual .
Fonte: Jornal de Piracicaba


Governador escolhe colégio particular para dar aula inaugural em São Paulo

                                                                                             Apu Gomes/Folhapress


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ministra aula inaugural em colégio particular de região nobre de São Paulo

 Após campanha que teve a crítica à qualidade do ensino público como tema central, o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) escolheu uma escola particular para ministrar a primeira aula inaugural de seu mandato.

É comum autoridades visitarem escolas e fundações educacionais em início de mandato. Em 2007, por exemplo, José Serra (PSDB) falou a alunos de uma escola pública na zona sul da capital no inicio do ano letivo.

Alckmin conversou ontem por quase uma hora com turmas do terceiro ano do ensino médio do colégio Dante Alighieri, cuja mensalidade é de R$ 1.751.

A aula foi em um auditório com ar condicionado e o governador usou um datashow -sistema digital de projeção. Depois, foi apresentado a uma das 110 lousas digitais do colégio. "Esse é o sonho do Herman (Herman Voorwald, o secretário de Educação)", confessou.

A palestra do governador teve desde um relato sobre escolas e faculdades técnicas do Estado -nas quais cerca de 70% dos alunos vieram de escolas públicas- até uma imitação do ex-governador Paulo Maluf.

Ele também usou o diploma de medicina para entreter a plateia. Detalhou a função das ilhotas de Lungerhans -células do pâncreas que produzem insulina. E emendou uma piada: "E o aluno, [na prova] não teve dúvidas. "Onde ficam as ilhotas de Langerhans?". "No oceano Pacífico ", disse.

Alckmin foi criticado pela oposição durante a campanha pelo sistema educacional do Estado. O tucano chegou a ser questionado por um eleitor em sabatina da Folha se matricularia os filhos em um colégio público.

Segundo dados divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), São Paulo tem quatro escolas entre as 20 melhores do país. Todas são particulares.

"Temos boas escolas, mas também temos outras não tão boas. Se olharmos o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) vamos ver que São Paulo está melhorando em todos os níveis. Mas há muito o que se fazer, não há dúvida", disse.

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Fonte: Folha de S.Paulo (SP)

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